quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Um povo e uma sentença!



Escolher é um ato voluntário e livre, mas para alguns, nem sempre desprovido de influências, sejam elas referentes à aptidão particular ou necessidade. De alguma maneira todos escolhem, quando lhes é oferecido esta oportunidade.

Nosso tempo permite que grupos, partidos, se confrontem até que um conquiste o poder de governar uma cidade, é a pedagogia da competição, preconizada entre os homens desde quando o mundo é mundo. A ferramenta que facilita um partido político chegar ao poder, é chamada de Democracia, traduzido aqui como governo da maioria. Já acreditou Platão, que talvez seja o pior modo de alcançar a Justiça (meio que visa atender a necessidade de cada indivíduo na sua singularidade). Principalmente se o governante esquecer que ao mesmo tempo deve proporcionar o bem comum, sem não ferir o princípio de igualdade.

Hoje, a balbúrdia de uma pequena parcela de em média 25,% da população de Rio Largo, manifestava uma alegria compensadora, afinal não são todos que conquistam, graças a Democracia, um lugar no cargo poder executivo. Os anilados, esbravejantes anunciaram o fim do reinado ingrato, de alguém que um dia representou a esperança por dias melhores. Em contrapartida inauguraram um novo tempo banhados pelo orvalho do poder anil.

A justiça nos mostrou que fez valer a voz democrática da maioria. E não há, até o presente instante, argumentos que a confrontem. A sentença foi lançada ao povo, que tem por opção exclusiva aceitar. Entretanto foi lançado ao novo chefe do executivo de Rio Largo o difícil encargo de governar para todos. Rogamos que não confunda os sentimentos. Há outros 75% que não o escolheu, mas que possui, tanto quanto os outros, necessidades emergenciais.


Álisson Paullo Gomes

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Arvorear!


Justamente por que a vida é este solo fértil e nos convida a lançar sementes. E como é fascinante construir o próprio jardim. Cultivar sementes, regar para que lance raízes,  podar alguns galhos que impendem o fortalecimento, e o fim deste itinerário é saborear a doçura de seus frutos.


Realmente o poeta que escreveu "ter amigos é como arvorear", experimentou intensamente o cultivo da amizade. Talvez por que ela este é processo para ganhar um amigo, um pouco perceber o solo e lançar sementes. Depois cuidar, para crescerem fortes as raízes, e suportem as intempéries. Por fim o fruto são os amigos, eles servirão de aconchego na solidão, refúgio nos dias mais sombrios, apoio no cansaço.


Ademais nos ensinarão a eternizar momentos, palavras, sinais, isso nos fará melhor. 



segunda-feira, 14 de maio de 2012

Tarde chuvosa!


Tarde chuvosa, que me incitas?
És como penumbra envolvendo meu ser.

Permito! Fazes de mim teu súdito,
dita as normas para meu serviço,
mas peço-te conduza-me ao meu interior.

Faz-me encontrar com meu Eu solitário,
inebriado pela fragrância de tuas flores,
faz-me revisitar também minhas flores, meu jardim,
esquecido pela crueldade dos tempos idos.

Abadona-me em tua teia, me faze um exímio tecelão,
envolvendo no entrelaçado de cada fio ,razão e emoção.

Não sejas cruel com meus pensamentos,
embora eles sejam, as vezes tão cruéis.
Afaga-os em teus braços,
dai-me a única oportunidade de deitar em teu regaço.

E imploro, não passes sem antes esclarecer meu maior questionamento.
Tarde chuvosa, que me incitas?
                                                                                        Alisson Paulo Gomes