Escolher é um ato voluntário e livre, mas para alguns, nem sempre desprovido de influências, sejam elas referentes à aptidão particular ou necessidade. De alguma maneira todos escolhem, quando lhes é oferecido esta oportunidade.
Nosso tempo permite que grupos, partidos, se confrontem até que um conquiste o poder de governar uma cidade, é a pedagogia da competição, preconizada entre os homens desde quando o mundo é mundo. A ferramenta que facilita um partido político chegar ao poder, é chamada de Democracia, traduzido aqui como governo da maioria. Já acreditou Platão, que talvez seja o pior modo de alcançar a Justiça (meio que visa atender a necessidade de cada indivíduo na sua singularidade). Principalmente se o governante esquecer que ao mesmo tempo deve proporcionar o bem comum, sem não ferir o princípio de igualdade.
Hoje, a balbúrdia de uma pequena parcela de em média 25,% da população de Rio Largo, manifestava uma alegria compensadora, afinal não são todos que conquistam, graças a Democracia, um lugar no cargo poder executivo. Os anilados, esbravejantes anunciaram o fim do reinado ingrato, de alguém que um dia representou a esperança por dias melhores. Em contrapartida inauguraram um novo tempo banhados pelo orvalho do poder anil.
A justiça nos mostrou que fez valer a voz democrática da maioria. E não há, até o presente instante, argumentos que a confrontem. A sentença foi lançada ao povo, que tem por opção exclusiva aceitar. Entretanto foi lançado ao novo chefe do executivo de Rio Largo o difícil encargo de governar para todos. Rogamos que não confunda os sentimentos. Há outros 75% que não o escolheu, mas que possui, tanto quanto os outros, necessidades emergenciais.
Álisson Paullo Gomes